it was my birthday | 36

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quem me conhece sabe que eu nunca deixaria passar este dia sem o fazer notar. sou daquelas que andaria na rua com um balão gigante com a idade que faço sem problema nenhum… andaria? não, ANDO! andei! porque fazer anos, é mesmo apenas um dia por ano e esse dia, normalmente é só nosso! eu gosto muito de o dizer ao mundo! 
este ano fiz exactamente isso, andei de balões na rua, gigantes e literalmente com a idade que tenho… amei! porque não vale a pena esconder nada, não sei se mostro a idade mas pouco ou nada me altera o sistema nervoso… adoro fazer anos independentemente de ter estes ou outros balões na mão. a minha avó… adorou fazer anos até aos noventa e quatro e eu serei igual. por isso já sabem… a partir de outubro lá estarei no vosso caminho para vos lembrar que dia 13 de Dezembro está quase a chegar!
a Oficina Colectiva mais uma vez deixou-me invadir o estaminé para compôr um brunch para amigos, família e quem quisesse entrar! não sou de grandes festas, não sou de grandes eventos, gosto disto de momentos de porta aberta em que quem quiser pode vir e estar um pouco à conversa. o ano passado correu lindamente e este ano não ficou atrás, mesmo com os miúdos doentes, consegui viver o momento sem pressas e com chuva como requer a tradição. só no hemisfério sul é que não tive chuva nos meus anos… mas no norte, faz parte! 

gosto sempre de decorar um pouco o espaço embora seja já tão especial, vintage e tão acolhedor, mas eu preciso de dar-lhe mais um toque, deixando sempre tudo para que eles tenham decoração para o natal que começa só no dia a seguir ao meu! juntei pequenas coisas que adoro, as tasselgarland da pieceofpaper, as bases de bolo da almagémea, os balões da pakaparty, o bolo de bolacha homenageando a minha querida avó da padariaportuguesa, os macarons fenomenais mais o bolo mini lindo da cakecakecake. os pormenores são mesmo isso, apontamentos de coisas que me fazem sorrir e suspirar de tão queridos. não é preciso mais… só os amigos.  

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cake cake cake | facebook

nem todos os anos correm bem todo o ano, por vezes acabam pior do que começaram, mais tristes ou mais stressantes, desde que tenho uma loja esta altura leva-me à loucura e não pela positiva… outras vezes há tanta coisa boa a acontecer que nem damos pelo tempo passar… mas no dia treze eu paro sempre! seja durante a semana ou ao domingo, o que eu quero é falar de mim! claro que penso no ano que passou, no que vai começar, no que sinto, no que quero, no que fiz e vou fazer, mas no meu dia no fundo eu só quero que seja um dia MEU. sou das que responde a TODAS as mensagens, seja por sms, watsapp, facebook, o que for… se me dedicaram três segundo, eu dedico cinco e adoro! dizem que vivo para isto… têm razão, talvez até demais, mas eu preciso e gosto tanto! 
será do dia, será do signo, será de mim… o que for, faz-me bem. e agora siga que faltam mais 365 dias para fazer 37! eu depois aviso com a devida antecedência… em outubro!

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it’s my birthday | december thirteenth

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faltam aqui umas coisinhas… as que eu me vou oferecer a mim própria! que valem tanto quanto as outras, como por exemplo a sessão fotográfica dos anos… e que bem que me sabe sentir-me única por um dia. no fundo eu não preciso de nada, mas também não sou tão zen que não goste de receber presentes. quero algumas coisas, mas se não vierem, virão outras e de alguma maneira chegarão a mim. desde um bolo lindo para o brunch dos meus anos, à viagem a milão que mesmo que certa, sabe-me a ouro, a tatuagem para que me lembre do que sou, da capa do telémovel que preciso, para a agenda que é necessária desde o primeiro dia, ás almofadas e máquina fotográfica que me ajudariam a ser mais feliz certamente!! eu sei lá… a lista poderia ser mais pequena, mas os desejos, esses são infinitos, para mim e para os que me circundam… 

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pantone | bolo de bolacha

bolo de bolacha | migalha doce
embora nunca tenha sido apreciadora deste bolo, ela fazia-o ou encomendava-o sempre nos anos dos filhos, o meu pai e minha tia. era tradição. o meu pai não consegue comer este bolo sem contar esta história e eu sempre o associei a festas de aniversário, nunca tendo comido mais do que uma garfada… sou de tal maneira fã de bolacha maria que pensar que está mole ali dentro fazia-me, e faz, espécie.. no entanto, se faltasse este bolo na mesa era como faltar água, tem que haver caso alguém queira, mesmo havendo outros. e assim foi, a vida toda, sempre ali. não posso dizer que era ela sempre que o fazia, pois acho que nunca foi pasteleira, mas sendo ou não, havia. 
hoje achei que seria a melhor receita para publicar, pela semana que é, e até pela tonalidade outunal (o meu pai faz anos em maio e em moçambique era outono… coincidência?) não é propriamente alegre, nem parece um bolo que celebre a vida, mas era o que ela decidiu ser o melhor para os seus e isso não se discute. esta receita parece-me perfeita, deixo aqui o link pois acredito que a usarei em breve para recriar momentos bons… no fundo, tem café e bolacha maria… envolvidos em creme o que agora em adulta não me parece assim tão mau! 
espero que gostem, e que também se juntam à mesa com tradições vindas não sabemos porquê nem como, mas que sem elas, algo faz falta… 

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carta | a última avó

morreste como sempre viveste… a querer fazer tudo até ao último segundo possível.
não falhaste um único aniversário, um único nascimento, um único momento onde sabias que estaríamos todos juntos. no fundo… uniste-nos sempre apesar de tudo. tenho-me despedido de ti todas as vezes que te vi nos últimos seis meses sempre com o mesmo pedido… “adeus avó… pode ir, nós ficamos bem” e tu, nada. digo tu, porque voltei a ser pequena, quando dizias que quando te tratava por tu, nos metia no mesmo patamar, mesmo que eu de chinelos e tu de pérolas. não foste, e duvido que quisesses de facto ir, mas sabes que o avô te espera há tanto tempo… desde que o perdemos, quando eu tinha nove anos, que me dizias que tinhas muitas saudades dele, mas que ele podia esperar… tu ias quando pudesses.
por isso obrigada. obrigada pelo apoio em tudo, no matter what, sem limites e sem condições, desde que eu não dissesse que não gostava de alguma comida, o resto era permitido. obrigada pelos mimos que ias deixando, os croquetes, a cenoura ralada e a fruta descascada até aos dias de hoje, porque a neta merece. obrigada por abrires a porta sem questões e deixares-me dormir uma sesta embrulhada nos teus lençóis depois de um exame, namoro mal parado, discussões, tristezas e ás vezes só porque sim… obrigada pelos conselhos, por nunca me julgares, por aceitares mesmo de lágrima no olho, todas as minhas decisões. obrigada pelo chá com três colheres de açúcar, pelo pão com kilos de manteiga, por me teres dado colo quando o avô e a bivó partiram, mesmo estando tu a sofrer tanto ou mais que eu… obrigada por teres querido cá ficar estes anos todos, porque eu acredito que foi por nos quereres ver crescidas, formadas, casadas, mães e felizes que nunca nos largaste a mão…

foste mãe, avó e bisavó da melhor maneira que soubeste ser, e eu só tenho e guardo de ti coisas boas.

hoje a palavra avó deixa de fazer parte da minha vida… tive a sorte de nascer e crescer com os meus quatro avós, que me foram deixando um de cada vez em fases diferentes da vida… uns mais marcantes que outros, uns mais distantes, outros mais brincalhões, uns mais rígidos, outros mais ternurentos… e tu mais presente. guardo o teu cheiro como guardei este tempo todo o do avô manuel e nunca na vida fez tanto sentido a morte… deixas-nos tristes, mas em paz ao saber que poderás, esperemos, juntar-te a quem te fez sempre tanta falta. disseste-me que quando o avô partiu ele estaria sempre connosco, pois eu acredito que tu também, e agora ao lado dele que me tranquiliza imensamente… por favor olhem por nós, bisnetos, netos e filhos que tanto vos amam e a quem tanto fazem falta.

por aqui continuaremos em vossa honra, a contar as vossas histórias, o vosso namoro, o vosso carinho um pelo outro, a vossa saudade e a vossa dedicação. por aqui homenagearemos a vossa vida relembrando e guardando histórias para contar aos que por aí vierem. sempre disseste que a memória é das melhores coisas que podemos ter… eu saí a ti. por mais que a vida dê as suas voltas, nós saberemos sempre guardar o que passou para termos sempre conversa ao almoço, sempre com que nos entreter. a partir de hoje a minha vida fica mais triste, mas com a certeza de que foi boa… contigo aqui comigo.

obrigada avó… beijo grande… descanse e namore muito.

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