baby boy three | mé
the most honest post i’ve ever written | parte 2
entretanto passou uma semana… das mais difíceis de sempre, das mais longas e sem dúvida das mais surpreendentes. nunca passei por nada assim, nada que doesse tanto, nada de tão complicado de entender, perceber e ver uma luz no final do túnel… no entanto, a vida não permite que eu pare completamente e passe os dias a ponderar… e quem me conhece sabe, para cada stress mais profundo eu tiraria férias se possível para poder moer, ponderar, teorizar e escrever um livro sobre o assunto… impossível nesta altura da vida. será uma vantagem, acredito que sim, apetece claro parar, mas ao pararmos também nos apercebemos de todos os contornos da dor, da tristeza e sem dúvida enterramo-nos num poço mais profundo do que devíamos e merecíamos.
se por um lado acredito que cada um de nós deverá fazer o seu próprio luto, e viver a sua perda e pena de si mesmo, acredito também que parar é morrer um bocadinho… e eu parei o suficiente para me sentir com as mínimas forças, as que me permitissem não me ir abaixo ao primeiro abraço, ao primeiro beijo, ao primeiro encontro com quem viveu um pouco da minha felicidade comigo… não queria chorar em público, não queria pedir atenção, mas queria tanto sentir o carinho e a amizade de quem a quisesse dar. senti o apoio de todos os lado, em msgs, mails, posts, comentários, telefonemas, etc. senti-me acompanhada, porque mais do que não contarmos logo tudo num momento de início de gravidez, acredito e acho importante termos o todo o apoio nos momentos mais difíceis, mais tristes, pois sozinha não teria sido capaz… não serei capaz certamente.
talvez o pior já tenha passado… passou a dor, passou a tristeza, passou a surpresa, a indignação, passou o medo e a raiva… passou o vazio. agora estou finalmente em paz comigo mesma. não há culpas nem há espaço para “e se…”… há sim finalmente a paz.
apesar de tudo, no momento em que percebemos que acabou, instala-se a sensação de tranquilidade. não vou esquecer, mas vou guardar no seu cantinho, aquele ao qual, se alguma vez eu tentar de novo, irei buscar as minhas forças. é diferente… não quero que desapareça, fará sempre parte de mim, mas será sem dúvida um medo miudinho permanente, mas que me fará sem dúvida mais forte, mais atenta… até ao dia.
todos me prometem mil maravilhas a partir daqui, tu consegues, vais ver que passa, vais ver que terás mais bebés lindos, isto é só um percalço, acontece a todas, passa rápido, não te preocupes, agora é que é… e eu nada. acredito na esperança que cada um deposita nos outros, mas eu não a sinto ainda. agora só quero que acabe… e ontem, hoje finalmente acabou. sinto o corpo meu de novo, sinto a cabeça mais leve e o coração aberto de novo. tenho quem precise de mim, tenho dois filhos que me querem por perto e isso tem que superar qualquer momento mais triste… depois logo se vê. não digo que não têm razão, mas agora não.
até lá há filhos para criar, uma casa para arrumar, um marido que me quer e tantos planos muito mais fáceis de concretizar. há teares para oferecer, um loja para encher e muita tralha para arrumar.
estou bem… finalmente estou bem. obrigada por tudo, obrigada pelo carinho e por estarem aí… não querendo tornar o blog sobre isto, prometo dar notícias.
the most honest post i have ever written…
it’s been a week since i have had the second most horrible moment of my life… and one week since i entered the same room where almost six years ago i had my first… both concerning my pregnancies.
she said everything was ok… though i felt her more nervous than ever…
more bed rest, another month, should i worry?
it’s my birthday | december thirteenth
keep calm and let go
medos | fears
today’s post is not about architecture, though i may still throw in a interior design for there are updates to the boy’s bedroom, anyway… i feel like i need to deal with this thing i’m going through… flying! since i can remember i wanted to fly, i wished for it on a daily basis, i loved flying on airplanes because it literally was the closest i could get to this crazy dream. coming from a family where my grandmother was the first woman to get a plane permit in mozambique i secretly wished i could achieve such a moment by learning how to fly myself… with my arms. my relationship with airplanes went from when i was little to now, as crazy love to horrible fear.