fox&june | sharing and inspiring
Estou sem voz por ter vivido um fim de semana em cheio, sim falei muito mas também pude ouvir tanto… no #sharingandinspiring do @foxandjune este sábado na @casadopico tenho a certeza que o tempo parou, que aquele grupo de pessoas, miúdas giras, tinha que ali estar naquele preciso instante… a partilha foi tão sincera que houve emoção pura, uma sensação de #belonging pura e mágica.
Sou de emoções fortes, vivo tudo intensamente, às vezes dou demais, outras vezes recebo tanto… ainda me comove pensar nas histórias que ouvi, nas libertações que algumas pessoas tiveram que viver, das incertezas de certos momentos na vida e da tristeza de não saber como seguir em frente…
Também batalhei por quem sou e pelo que faço, sei bem o que é tirarem-nos o tapete mas dizer que afinal esse tapete não faz falta nenhuma e só cria alergias… eu acredito nas pessoas que conheci este sábado, senti a força que têm e a coragem que procuram…
Obrigada Francisca e Joana por este momento… se o pensaram assim ao milímetro ou se foram os astros, não sei… mas sei que hoje somos todas mais fortes.
As conversas fluem sempre melhor quando há petiscos, seja a que hora for estas cores, sabores e informalidades de estarmos sentadas no chão de perna cruzada, embrulhadas em mantas e juntas para sentirmos o calor humano têm tudo para dar certo…
É quando nos sentimos assim confortáveis que partilhamos mais e o melhor de nós.
A descontração marcou presença trazendo à mesa (ao tapete) a sensação plena de estar entre amigos e sem barreiras… tenho a certeza que cada uma de nós não planeou o que disse nem o que sentiu ali… but when we let go, magic happens.
O que vivemos todas naquele momento poderá ter sido de modo diferente, o que se calhar não contávamos é sentir esta partilha da mesma forma, esta necessidade de no dia seguinte dizer “olá estamos aqui…” dizer que a partilha trouxe emoções fortes e uma vontade de não as perder.
O tema era mudança… mas no fundo, foi VIDA. Partilhámos todos os nossos percursos pessoais, profissionais e o que de nós demos para tornar o que no fundo sabíamos não ser para nós numa forma normal de vida… mas vivemos tempos diferentes, vivemos gerações diferentes que nos permitem, apesar dos medos, sabermos que quando não acontece, talvez não seja para nós.
Comum a todas foi a percepção que não temos que ser escravas das escolhas que achamos que os outros têm para nós ou nos aconselham a ter para nós… mas clichê ou não, quem sabe de nós… somos só nós.
Vi ali um grupo de mulheres cheias de força, de convicção de saber para onde tem que ir, algumas sabem apenas que não querem estar onde estão e estão a construir sonhos para se lançarem no escuro, no “unknown” com a noção de que podem!
E com essas escolhas terão mais força, terão mais liberdade e construirão a sua própria rede de apoio, a sua própria história que um dia a vão contar à volta de um tapete, cheio de comidinha boa, um bolo de abóbora “to die for” e umas tostas de abacate com romã que me encheram a alma.
Se um dia tiverem oportunidade, criem estes momentos, de partilha, entre vocês, ou procurem momentos destes pelas redes… ultrapassa qualquer tipo de networking no verdadeiro sentido da palavra, mas cria ligações bem mais fortes.