centro de mesa | decor de Natal

Para centro de mesa este ano, decidi manter as mesma folhagens que as coroas, mas dar-lhe um tom mais escuro, usando as tão tradicionais tangerinas dos nossos natais italianos. A minha sogra há quinze anos ensinou-me a secar casca de tangerina na lareira, devagarinho deixando no ar um cheiro que há 15 eu não identificava con Natal, apenas com inverno mas que se tornou o cheiro do nosso Natal. Usamos a tangerina em três versões: casca seca, fatias secas e tangerinas com cravinho. 

Este ano não sequei casca de tangerina, pura e simplesmente porque não tenho a mega lareira da minha sogra, onde cabe lá dentro quatro pessoas a tomar chá, e preferi apenas secar fatias de tangerina no forno, um processo lnto, mas não de todo impossível. Tenho visto mil e uma decorações usando fatias secas, mas não tenham medo é bastante fácil! 

Os verdes e as tangerinas têm um tom lindo para a nossa casa, combinam lindamente com as cores dos nossos livros na estante de parede interia que temos ao lado e com os pretos e cinzas de alguns apontamentos. No centro de mesa troquei apenas o pinheirinho mais maleável por um mais grosso, mais carnudo para que dura mais tempo… era bom que durasse até ao final do ano como nos meus sogros, em que se vai comendo as tangerinas durante estes oito dias como celebração das festas, e para cortar os sabores da quantidade louca de comida que se comsome. Sabiam que é um excelente truque para conseguir comer só mais uma sobremesa? E nós como comemos bacalhau, peru e borrego,  ligeira acidez da laranja corta tudo, e estamso prontos para outra. 
Lá somos 19 à mesa, aqui menos, mas no dia 1 já não há tangerina para ninguém!

O arranjo na jarra foi feito com o que sobrou de folhagens e um ramo teimosos de baga amarela. Não faz parte da mesa, ficou noutro móvel para que a decoração invadisse toda a casa. 

Quanto às tangerinas com cravinho, conheciam esta maneira de as decorar? Não só ficam lindas de morrer com os cravinhos espetados, podendo fazer qualquer desenho, como o cheirinho que emanem é indiscritível, um mito entre citrino e especiarias. Nós que somos descendentes de mouros, este é um mix perfeito entre as duas culturas, a portuguesa e a árabe. Eu adoro, tão Natal, tão inverno, tão nossa. 

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