the pastel de nata tour | part one
quando me falam de pastéis de nata, eu oiço! mas quando declaram que o melhor pastel de nata de lisboa é um que eu não conheço, eu levanto-me e digo… “challenge accepted!” e crio o mais doce e diabético TOUR de lisboa, “the pastel de nata tour” e que comece o desafio.
claro, não pode ser assim de repente provar trinta mil pastéis de nata, porque isto das dietas e dos diabetes é coisa séria e o processo tem que ser pensado e com calma. que seja então. declaramos o início do desafio numa quarta-feira de manhã, com tempo limitado, apenas 4 horas para provar, julgar, enjoar, vomitar talvez, pontuar e claro declarar!
decidimos em 4 candidatos: Pastéis de Belém, Chique de Belém, A Brasileira e a Manteigaria.
ora isto começa em Belém e acaba no Chiado, meteu táxis, eléctrico e muita estrada a pé. foi bom, enjoativo e bom! e claro cada uma tinha a sua preferida em mente, mas disposta a perder a aposta caso se verificasse que havia outro melhor. a twiggs preferia a Chique de Belém, eu já preferia e declarava a melhor como sendo a Manteigaria. a vantagem era que nenhuma conhecia a da outra e isso fez com que houvesse mesmo espaço para mudarmos de ideias, entretanto enfiámos uns conhecidos dos turistas para comparação.
digamos que dos quatro o dos Pastéis de Belém, é único, quentinho e com canela, mas para mim, e acho que a Cláudia o pode confirmar, ali é que ele se come bem, tem um sabor diferente, mas tem um brilho bom, consistente, cremoso sem exagero, estaladiço, mas lá está, a meu ver só e apenas quando comido acabadinho de sair, porque se bem me lembro de todas as caixas que levei comigo para o mundo onde vivi nunca chegavam assim, o quente impede-o de “viajar” bem, e para o comer lá só mesmo aos dias de semana e a correr dali para fora, é um local que se bem que chamado típico, não é de todo amigo dos lisboetas… e ele nem gostam muito dos lisboetas. next…
a Chique de Belém é ali ao lado, não tem a mesma fama, não tem a mesma presunção, nem está a abarrotar de turistas, tem isso a seu favor… mas o pastel de nata, esse… até é bom, mas não brilha. é estaladiço, mas não explode de sabor! que pena… mas é mais barato e isso é sempre a seu favor.
dali seguimos para o chiado onde a belíssima subida da rua do alecrim nos levou a pedir litros de água na Brasileira, onde o café é bom, mas onde os empregados são do mais carrancudo que pode existir, mas o pastel de nata… esse, ui escorre pelo pastel!! à primeira dentada estaladiça e muito estaladiça, sai um creme do mais cremoso que existe nesta cidade, não há igual, mas é doce, com um sabor intenso a limão, até quase demais… faltava só um para provar e eu já sentia o estômago a pedir socorro… mas só mais um disse eu. ela preferiu comer uma sopa entretanto para ver se equilibrava os valores de sal vs os de açúcar… eu continuei na minha… não vou almoçar, nem lanchar (provavelmente nem comer mais na vida) mas preciso acabar este desafio, se parar fico por aqui e eu queria mesmo que ela provasse o próximo, o da Manteigaria.
……..que foi nada mais e nada menos que o VENCEDOR! mas há lá pastel melhor nesta cidade?! não! eu assumo qualquer responsabilidade desta minha declaração, assumo também que não provámos todos, mas provámos O MELHOR! mantido à temperatura perfeita, sem canela, sem açúcar em pó, simples como ele merece. num lugar giro e pequeno para que um lisboeta se sinta em casa, sem espaço para megas selfies de turistas, onde a língua é o português por excelência. uma fábrica ali à mão para deliciar quem quiser ver como é simples este nosso pastel e como é tão bom!
este é o meu testemunho de toda esta mini experiência, mas leiam a da Hello Twiggs porque isto foi feito a duas bocas e não só a uma. no entanto quatro não chegam, pelos vistos. desde que fizémos isto temos recebido inúmeros pedidos para experimentarmos outros tantos e eu já tenho uma lista, mas adorava que nos ajudassem a fazer uma 2ª ronda de quatro pasteís de nata. digam-nos qual o vosso preferido e em breve a ver se jejuamos uma semana para provar tudo!