baby boy three | primeiras sopas

cebola . cenoura . batata | maçã
a fase dos primeiros alimentos é uma das mais giras. não há como dar um sabor novo a um bebé. com os manos adorei a experiência, gostavam de tudo e foram bebés muito bons para comer, foram e são. claro que agora são mais esquisitinhos, mas também podera, aos sete anos sabem que existe pizza e que sopa não tem a mesma piada! quando há um mês decidimos avançar com as primeiras sopas, coincidindo com o deixar de mamar, ao V, optei por seguir o mesmo método que segui com os manos, ou seja, fazer sopas de apenas um sabor, tendo por base cebola ou alho francês, para quase servir de “refogado sem azeite” para dar gosto, acabando com uma colher de café de azeite extra virgem cru quando está pronta para dar. aprendi isto com a minha sogra italiana e o que é certo é que os bebés cá de casa lambuzam-se todos. e é uma delícia ver… 

alho francês . courgette . batata doce | pêra
têm-me perguntado imenso sobre como e que sopas faço e como as conservo e a minha primeira resposta e mais rápida é logo “copinhos AVENT PHILIPS” porque sem estes, tenho 10 em casa, não conseguia nem ter noção das quantidades, nem capacidade para gerir as mais recentes das mais antigas. não gosto de fazer sopa para um mês, no máximo faço-lhe quatro doses de uma assentada, primeiro porque acho que os bebés têm sempre que ter um novo sabor/alimento cada três dias (assim tiramos logo dúvidas de gosto, consistência, alergias e eventuais desarranjos intestinais), e uma 4ª dose para o caso de ser preciso ir a algum lado e não ter tempo, um plano fora de planos e sabermos que há uma alternativa… mulher precavida… 

alho francês . cenoura . alface | banana

cebola . abóbora . cenoura | pêra . maçâ
a grande vantagem dos cominhos é mesmo a quantidade. saber que com cada copinho temos um almoço pronto é priceless. tira-me um peso de cima da organização familiar diária que nem vos digo. quando os gémeos começaram a comer fui logo comprar e na altura tinha uns maiores, mais altos, eram ideias para dois almoços, pareciam feitos para mim. esses acabei por os usar até aos três anos deles, fui deixando um aqui, outro ali, e sobraram-me dois dos dez, um tenho o chocolate em pó biológico que compro para que o possam meter no leite quando querem, o outro uso para o V quando a fruta é muito líquida, porque com a fruta não uso quantidade certa. dou-lhe a “sopa” muitas vezes tépida/ambiente e a fruta gosto de lhe dar com muita calma, e quanta ele quiser. normalmente já está cheio, mas delicia-se com o doce. 

alho francês . brócolos . courgete | manga

cebola . courgette . couve-flor | alperce

de tudo o que já comeu, e nisso também sai aos seus manos, só não achou muita piada à batata normal. percebo-o… mas já lhe disse “quando descobrires batatas no forno quero ver”. quando eu digo que dou apenas um sabor, visto eu ter escrito três ingredientes em cada imagem, é porque faço diferentes quantidades de cada um, e quando os provo quero que sobressaia mesmo o mais importante. odeio provar comida, mas nestes primeiros primeiro ano, faço-o sempre. quero que se lhe dou couve-flor, saiba a couve-flor, se for batata-doce e me souber a cenoura vou aumentando, o azeite extra virgem faz a diferença porque dá ênfase ao ingrediente mais importante e como faz muito bem à saúde meto-o cru, o chamado fio de azeite. assim tenho a certeza que quando começar a misturar mais coisas o paladar está exercitado e reconhece tudo. a papaia também não teve muito sucesso e parece que a ameixa (não tenho foto… actualizada) também não vai ser uma fruta preferida, coisa que os manos só provaram aos dois anos porque em moçambique não havia…

que é todo um processo de aprendizagem, lá isso é, mas é das coisas que mais adoro… ver bebés a crescer, a experimentar coisas novas e a ver reacções, olhares e acima de tudo como é reconfortante saber que também isto aprendem de nós, comer!

Continue Readingbaby boy three | primeiras sopas

baby boy three | sexto mês

seis meses… já és tanto e tão pequenino. já preenches a nossa vida em cheio e em tudo o que fazemos fazes parte dela também. já és tão pessoa aqui em casa como qualquer um de nós. já tens cama no quarto dos rapazes, já usas a banheira grande, tens cadeirinha na mesa de jantar, tens um cabide na casa-de-banho, outro na entrada e tens um lugar reservado para os teus sapatos quando começares a usar. já tens prato de sopa, prato raso, caneca, copo e talheres… tens brinquedos só teus. tens gavetas só para ti e no armário dos manos deixou-se uma das portas só para ti. já és tanto e tão pequenino.
só passaram seis meses e no entanto já fazes tantas coisas, deixaste de mamar, deixaste-me voltar ao trabalho, arranjaste a babá mais querida do mundo, já te sentas, parlas o dia todo, já tens sestas bem definidas, almoças e lanchas, queres mais sling do que carrinho, chamas por nós, esticas os braços para que te levem, sabes quando alguém chegou a casa, ficas muito contente quando vês os manos e crianças em geral fazem-te feliz. 
foi o primeiro mês de volta ao trabalho, e ninguém mais do que nós os dois sabe o que isso me custou… desabafei contigo tantas vezes e mesmo quando sorris só porque eu olho para ti, foi bom ter com quem falar. foi difícil e ainda o é por vezes, mas quem sabe não passa e tudo fica mais fácil porque te vejo feliz. fazes-me companhia todos os dias quando volto a correr para casa, somos uma mini equipa quando vamos buscar os manos, quando chegamos a casa e coordenamos as tropas. adoras ficar de olho num mano enquanto eu trato do outro, adoras estar na cozinha com o pai enquanto ele faz o jantar, o terraço ao final do dia é o teu sítio preferido e já regas as plantas com o pai antes de ires para a cama. acordas de manhã e o primeiro sorriso é para os manos que ainda dormem, sabes perfeitamente quem são. 
deixaste de ser bebé recém-nascido. agora comes à mesa, já podes entrar na minha fase preferida, a que envolve pão e bolachas!! não tarda estaremos à mesa com outras 11 pessoas, tios e primos e avós italianos e vais delirar com a confusão!! eu vou desesperar… mas tu… tu vais amar! 

Continue Readingbaby boy three | sexto mês

baby boy three | quinto mês

cinco meses durou este momento, foi um momento, no entanto não passou a correr. foi uma fase, uma fase boa, nossa, tão cheia e tão precisa. acabou esta e começam tantas outras. hoje (ontem) fizeste cinco meses e eu percebi que durante este tempo combatemos tanto e encontramos um equilíbrio só nosso… esse ninguém nos tira, nada nem ninguém nos tira o teu início, a minha dor, a tua espera, a tua paciência, a minha perseverança, o meu choro, os meus palavrões, os meus medos, os meus queixumes e lágrimas, o teu primeiro sorriso apesar do sofrimento, a tua gargalhada apesar da minha luta, o teu crescimento apesar da dúvida. ninguém nos fará esquecer o que foi querer dar-te de comer e ter medo de te ter tão perto. o que foi chorar, berrar mesmo sabendo que te fazia bem.

se à nossa volta nos diziam para parar e eu lutava para no meu fundo encontrar o botão do desligar o leite materno para poder parar com algo que me fazia sofrer, hoje, passados 150 dias, sei que a nossa missão foi cumprida. queria dar mais, mas também sempre quis dar mais e bem dado, com calma, sem nada para além de tempo… não foi assim, já aqui o disse pelo menos outras quatro vezes, em cada mês que passava fazia uma avaliação… nunca consegui parar, hoje talvez diga que ainda bem, mas tantas vezes me perguntei porquê… afinal, a resposta é simples, por ti.

há três dias que acordas durante a noite e quando te dou a maminha, recusas… bebes leite em pó… e eu choro, agora com todo um outro tom e sentimento, não de falha, caramba, não falhei, acho que não falhei, mas de pena porque no fundo foi uma batalha, se bem que superada, o meu coração de mãe diz que podíamos ter ido mais longe, mas como se hoje voltei ao trabalho? como se eu ando nervosa? ansiosa? e com tantas saudades tuas?… tu já o sentias e acredito que seja o teu modo de me dizer “mãe, pare, já chega”

o leite, meu, ainda existe, ainda tenho e bem, vou deixar secar naturalmente, já não o sinto subir há uns dias, mas sei que o tenho ainda. vou fazer como aos teus irmãos, com calma, deixar de pensar nisso, ao pouco não to dar e aos poucos deixar que essa fase deixe saudades.

começaste as sopas e fruta mais cedo, bem mais cedo que os manos, mas porque para beberes mais leite em pó preferi introduzir comida verdadeira, tem sido uma delícia ver-te provar tudo com gosto e com cuidado, sujas-te imenso, metes todos os dedos à boca, mas não cospes nem vomitas e choras entre colheres, há que manter um ritmo e um andamento típico de qualquer criança vinda do lado paterno. que bom que é ver-te crescer, bem, saudável, feliz e tão bem acompanhado.
estamos a fazer alguns sacrifícios para que não sintas este meu retorno, ou abandono, e que tudo à tua volta seja o mais natural possível… com pena minha foi abrupto e sinto que não o fiz da melhor maneira, mas que seja agora assim e que todos os momentos contigo sejam sempre de qualidade e que deixem boas memórias a todos. que sejas feliz acompanhado desta tropa que vai tentar manter-nos todos a funcionar e que sejamos capazes de estar tranquilos e serenos com as decisões que tomarmos para ti e contigo.

mais um mês de um bebé tão doce. obrigada v, por tudo, por ti.

Continue Readingbaby boy three | quinto mês

baby boy three | his corner

numa casa pequena não há muito por onde inventar, o baby V sempre foi destinado a ficar no quarto dos manos quando passasse à cama de grades, que no caso dos gémeos foi aos três meses porque eu já não distinguia os sons da noite dos deles, do meu respirar e do choro da fome, passava as noites a abrir os olhos a achar que estavam quase a acordar… como só comiam quando acordassem passei noites sem fechar um olho. com o V já decidimos que ao passar para o quarto dos manos tem que passar mais tarde, mais crescido e com noites mais longas, não só pelo espaço como acredito também que os manos precisam do sono, precisam do descanso estando eles numa ano importante, o da primeira classe. precisam do descanso e de noites bem dormidas. assim sendo criei o cantinho do Vasco no nosso quarto com alguns detalhes que adoro, simples, poucas coisas que quero que depois passem com ele para o quarto grande. 
em frente à nossa cama tínhamos uma parede branca, uma cómodas brancas e duas prateleiras brancas com algumas coisas. em cima da cómoda não tínhamos nada praticamente, usava-as mais para pousar o que fosse preciso que outra coisa. passou rapidamente a ter uma função, muda-fraldas e apoio do mesmo. destravei uns armários, mais outras cómodas espalhadas pela casa e as cómodas, seis gavetas passaram a ser todas do novo membro da família. como recebi tanta roupa e acessórios emprestados foi num instante que enchi tudo, mais um terço do armário dos manos que estava vazio.  sou muito prática, odeio exageros e principalmente na roupa gosto de ter suficiente sem exageros, mas com um novo bebé a nascer no inverno, coisa que desconhecia como era, preferi guardar tudo e ir aos poucos re-arrumando, re-pensando e meter de lado assim que já não servir. 

no cantinho do Vasco no nosso quarto metemos só peças que nos são queridas, principalmente da #lojamaisqueridadobairro que essa é minha e tão querida mesmo. cliquem nos link para verem de onde são as peças e prometo que encontram coisas ainda mais giras e podem todas, ou quase, ser personalizadas. os quadros das cidades são meus, feitos há muito em mente para o #babyboythree que terá sempre no sangue estas duas cidades tão nossas. mas o amor do quadro pequenino, do vasco pescador é da querida tia Marta que sabe como nos fazer sorrir e tem jeito para um mundo de coisas fantásticas! 
acho que o resultado, apesar do preto e branco que pode para muitos não ser o ideal para um bebé, ficou muito querido e perfeito para receber mais um rapaz nesta casa. mais tarde passará tudo para o quarto grande e aqui ficarão apenas os quadros das cidades que esses são da mãe e do pai e merecemos ter presente sempre de onde viemos e o que já vivemos. 

Continue Readingbaby boy three | his corner

baby boy three | quinze dias

kit completo . herdado

chegaste há quinze dias… e parece que sempre cá estiveste.

tive a mesma sensação com os teus manos, como se a vida antes fosse uma espécie de nuvem de emoções e experiências mas que tudo de repente fez sentido e parece tão normal e tão parte de nós. não, não digo que não sei o que fiz até agora e que a vida foi uma seca até hoje e nada do que fiz foi importante, calma, não estou assim tão cheia de hormonas de maternidade que me cegam totalmente.
o que digo é que possivelmente quando chegaste eu já te conhecia, já sabia como eras e já conhecia o teu cheiro de cor. e foi tal e qual… ao contrário dos teus manos, foste posto em cima de mim assim que saíste e eu tive uma descarga de emoções que nem te digo nem te conto… chorei como se me tivessem dado o presente que eu mais queria e alguma vez quis… o que não é completamente errado…  nasceste redondinho, rosinha e a cheirar tão bem.
eras exactamente o que eu pedi e imaginei fosses naquele momento em que nos vimos pela primeira vez… e já tens quinze dias. não sei se ainda pareces tão pequenino mas já cá estás há tanto tempo, ou se vice-versa, se ainda agora chegaste e pareces tão crescido.

o que é certo é que já cá estás e eu apaixonada de novo fiquei. têm razão quando dizem que o coração não aumenta, divide-se em mil pedaços para acolher todos o que queremos bem e neste momento tem mais um cantinho dedicado a mimos, roupa mini, colo e tantos beijinhos bons. sim… aviso-te pequeno Vasquinho, a mãe é muito beijoqueira, a mãe gosta de colo e de muito mimo, a mãe precisa de vocês por perto, do toque, de um abraço, de uma conversa, de saber o que fez e o que quer fazer, precisa saber o que comeu e ralha sobre o que não devia ter comido… vem por aí muita coisa, há vacinas, médicos, correrias para levar os manos, maratonas para os ir buscar, há gritos, chamadas de atenção, haverá alguma palmada, algum dedo apontado, mas mais importante haverá família, mãe, pai e manos prontos para o que der e vier. vem por aí muita coisa e nós juntos.

em quinze dias já choramos de emoção, já nos mostrámos a meio mundo, já vestimos sessenta toilletes diferentes, usamos mil fraldas, caiu um umbigo, uma noite de cólicas, banhos frenéticos como os manos, uma conjuntivite, uma nova pediatra, uma semana de dor a dar de mamar (credoooo), acho que mandei um berro ás duas da manhã por não conseguir acordar e ter-te a chorar desalmadamente, muito colo, muitos beijos, algumas dúvidas e tanto tempo livre… só agora me consegui desamarrar das dores insuportáveis que tive na recuperação da cesariana e começo calmamente a tentar voltar ás minhas mil coisas a fazer durante apenas 24h, voltei a sentar-me ao computador, ando a ver séries como se não houvesse amanhã, e andamos todos loucos por passearmos juntos não fosse esta chuva irritante aqui sempre presente… (é preciso lembrar pedir emprestado uma capa para a chuva…), quero sair, voltar aos meus brunches semanais, mostrar-te lisboa e sentir que “quase” não mudou nada.

forra muda-fraldas . atelierdatufi | jardineiras e camisola de lã . pukatuka | body com gola . patinhos

e sim… não diria peanuts, mas ter um bebé é talvez bem mais simples do que foi levar logo com dois de uma vez, mas ao contrário do que pensam, tu não vieste sozinho, tu chegaste a uma casa com outros dois manos que embora sejam crescidos, precisam tanto ainda de nós… de mim. andamos a testar todos os limites, mesmo sabendo que a casa está mais doce. os crescido não voltaram a ser bebés, mas precisam de mais meia-hora por dia para contar tudo, precisam de mais brincadeiras dos quatro todos ao molho, enquanto tu dormes, temos que os mimar… porque no fundo têm seis anos mas são pequeninos num ano com tanta mudança. eu e tu teremos os nossos momentos, eles precisam dos deles. e eu dos meus convosco. tudo a seu tempo, tudo ao seu ritmo e de preferência com baterias recarregadas à frente de um prato de panquecas.

meu querido Vasquinho, ainda bem que chegou.

Continue Readingbaby boy three | quinze dias