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us | quinze anos
Celebrar quinze anos de casamento, ou no nosso caso de uma união que de facto mais parece um casamento, tem que se lhe diga. De momentos vividos, de momentos queridos, de momentos tristes, fabulosos e um tanto ou quanto bizarros. Não são apenas uns dias juntos, nem uns meses e nem sequer uns quantos anos a dormirmos na mesma cama, é uma vida… uma vida juntos.
Lembro-me do primeiro dia em que entrou na minha casa de malas e bagagens, um gira-discos e três caixotes com a colecção vinyl para a qual não havia espaço, mas tinha que vir com ele. A primeira discussão foi sobre isso, uns dias depois, num cenário em que o coloquei no meio de um incêndio, o que escolheria, eu ou os vinis… digamos que houve um silêncio constrangedor, mas também uma promessa de amor eterno. Hoje sou bem mais importante que os tão venerados vinis, mas sei que sem mim não vive, enquanto que o resto são coisas… se puderem ser salvas numa tempestade, melhor, mas se eu não estiver lá não terá o mesmo sabor, eu e os nossos três minis que deste casamento perante os nossos olhos vieram.
O primeiro T1 em milão, tornou-se num T1 em antuérpia, para um T4 em maputo, para um espaçoso T2 em lisboa, em todos eles coube e cabe o nosso amor, respeito e vontade um do outro. E que vontade… vontade de nos termos por perto, isto que precisarmos do toque, do cheiro, da presença, da voz diz-me que tanto de mim como dele é sempre como se fosse o início. Se pelo meio a chama ficasse por vezes sem fogo, não nos incomoda, é preciso é que haja sempre vontade de lá ir e dar-lhe mais força, mas que nunca se apague. Preciso eu mais dele do que ele de mim talvez, mas eu sei que me sinto menos eu quando ele não está, como se me faltasse uma parte e em que fico mais lerda, mais ansiosa porque a minha paz interna é sempre melhor quando o sinto por perto.
Quinze anos depois ainda me sinto uma miúda quando saímos juntos, ainda me sinto nervosa como se fosse tudo do início, ainda sinto que fico corada quando ele me elogia e me diz “ti amo” ao ouvido… e quando me diz “grazie” quando os miúdos fazem algo que o deixa orgulhoso ou babado. Não sei viver sem ele, nem quero, nem por favor me façam pensar nisso… prefiro sim ver-nos ainda saber aproveitar os momentos que temos juntos, sozinhos como este fim-de-semana.
era só isto…
plano alimentar | semana 1
Comecei um processo novo há 7 dias. Não é uma dieta, mas sim um acompanhamento diário sobre como fazer as trocas certas. Pegar em ingredientes que faziam parte da minha vida e trocar por opções mais saudáveis.
Nunca fui grande cozinheira, mas gosto de cozinhar, mais pratos elaborados do que coisas do dia-a-dia, mas trabalho muito sozinha e de um lado para o outro e ter uma alternativa fácil, saborosa à mão tornou-se numa pesadelo, por isso de há uns anos para cá a solução era ou comer restos ou então saltar refeições e comer mais tarde, mas depois entre miúdos, reuniões ou tarefas adiava sempre o comer. Nem tinha percebido que fazia isso até me sentar e entregar à Raquel, a minha health coach, o meu plano diário alimentar tipo.
Num dia era capaz de comer pequeno-almoço e só voltar a comer ao jantar, bebendo só cafés pelo meio. As desculpas eram sempre as mesmas, agora não posso, não tenho nada e não quero gastar dinheiro, reduzindo as opções a cafés e copos de água… era bom que isso me fizesse emagrecer, mas em conversa com a Raquel e questão é mesmo essa, se bastasse fechar a boca eramos todas umas miúdas em peso! Dito isto… e sendo eu uma auto-proclamada pessoa organizada, parte do processo para iniciar esta fase foi mesmo pensar, decidir, organizar, planear e atacar a coisa de frente.
A Raquel elaborou-me um plano alimentar semanal, com as devidas alternativas, que me motivou a experimentar, provar e acima de tudo comer coisas novas. Um modo novo de comer não é só para quem come pouco como eu… só não comia o que devia. Diluir variedade pelo dia, tornar o dia um processo de 5 refeições, foi um processo mental e tanto, completamente impossível achava eu.
Uma semana depois, aqui estou eu com resultados muito positivos, claro os números contam, sempre foram -10cms na cintura, -5cms na anca e -1kg de peso… não quero parecer convencida e dizer que isso não é bom e que eu não ligo aos números, ligo sim e muito, mas clichê ou não, o melhor tem sido o percurso.
Porque não passar a ter cinco farinhas diferentes mais saudáveis em casa do que uma sem piada nenhuma? Porque não ter sempre à mão sementes variadas que podem enriquecer um prato pelo sabor mas principalmente pela sensação de saciedade. Porque não comer panquecas ou bolos algumas vezes por semana desde que feitas com os ingredientes certos, e claro nunca abdicar do sabor, porque para comer comida de pássaro não obrigada… mas assim tem sido fa-bu-lo-so!
Hoje foi dia de olhar para o plano alimentar da última semana e fazer os devidos ajustes, perceber vontades e ódios de estimação quanto à comida, mas acho que a melhor coach do mundo aprovou os resultados e esta grande conquista!
O mais fácil? foi fazer o tal plano, decidir e não comer nada que não estivesse no plano, para isso invadi a loja Celeiro e trouxe tudo! Depois escrever, e tomar decisões sobre o que ia fazer para quando, a ter tudo feito com antecedência ajuda a não sair dos carris, caso não conseguisse fazer antes, no dia dava tempo no meu horário para isso, fresco é sempre melhor.
O mais difícil, foi mesmo comer o que achava não gostar. Exemplos? Bróculos! Quinoa! Queijo fresco! Bolo de côco! Toranja! Enfim… sempre fui muito esquisita. Mas vejam as imagens e vejam lá se não me tornei numa perita em cores? Os olhos comem claramente, e é preciso fazer e experimentar MESMO.