acho que passei trinta dias a pensar nas maminhas, a falar de maminhas e a tratar das maminhas. passei um mês a tentar fazer com que dar de mamar não doesse, não massacrasse, não magoasse, não me fizesse chorar, nem gritar nem dizer palavrões… e ele cresceu, ficou gordinho, aprendeu a sorrir, faz um som que parece gargalhada, adora palrar, gosta de lhe mudem a fralda, relaxa quando o despimos e vestimos, tem olho azul, cabelo clarinho e muito, adora que se penteie, fica zen no banho dentro do balde, adormece sempre depois do banho, gosta de me ouvir cantar e vibra com o barulho dos manos, não diz um piu no colo do pai e sabe que ali se dormem sestas boas, gosta de passear na cozinha enquanto se faz o jantar e a chucha serve apenas para dizer que tem sono.
que mais…
ah, ainda mama… muito, com gosto e engasga-se de tanto leite que eu tenho para lhe dar… mas mãe sofre e sofre mesmo. vamos por partes…
amamentação: apesar das n tentativas para que tudo passe e melhore, para que eu relaxe a dar maminha, deixe que ter medo, parece que a coisa não vai passar disto. ainda tenho dores, mas já não vou na cantiga do “ele deve pegar mal”, finalmente à terceira expert de amamentação percebi que fiz ferida e enquanto essa não sarar, não há nada a fazer. mas eu apesar de parecer masoquista, também sei que para as sarar seria preciso parar de dar maminha, tirar sempre leite e viver basicamente dobrada sobre mim mesma e encher biberons, não quero… dou-lhe maminha de noite, e tento ao máximo tirar o que consigo, como tenho muito consigo encher logo para mais do que uma refeição, mas fico k.o., fico tão cansada, cheia de fome e vivo neste ritmo alucinante, mas ele está tão bem que nem imagino de outra forma. aceitei a dor que há um mês me pareceu impossível. tinha para mim o limite do 2º mês para lhe dar e depois tinha a certeza que ia deixar de dar, passava a leite em pó e passava a gozá-lo ainda mais… mas não consigo… ainda não fomos à consulta, mas temo que nem aí vou conseguir deixar… e seja o que a dor quiser. ando nisto…
cólicas: imeeeeeensas mas não é muito rabugento como foi há um mês, hoje já se controla melhor e apesar de ás vezes ficar muito tempo sem evacuar consegue estar tranquilo… é o menos para um bebé que é bonzinho e dorme muito bem
vacinas: nas primeiras, de hoje, do 2º mês, ele portou-se lindamente… já eu chorei. porque é que ainda não inventaram vacinas em modo spray, ou xarope? que maldade esta. mesmo não tendo chorado quase nada, eu odeio e tive mesmo que chamar a minha irmã para ir comigo. parece tolice, mas eu poupo-me ao que me faz impressão, já comigo é na boa tirar sangue, vacinas ou análises, olho sempre para a seringa sem problema nenhum… em bebés? odeio… e deixa-me muito incomodada. no fim quem deu colo foi o V à sua mãe!
noites: quero usar a palavra magníficas porque durmo um bloco de 6h e outro de 4h e ele adormece das duas x logo e sem precisar de mais nada se não de estar aconchegadinho na cama… não posso pedir mais. os manos fizeram noites de 5h de seguida só aos 5 meses e aos 6 meses é que passaram a dormir uma chamada de noite inteira que não deixava de ser acordarem de madrugada. o V com estes horários está acordado até mais tarde para que o pai o goze bem e acorda a tempo do ritmo escolar dos manos e faz parte da nossa rotina. encaixa na perfeição!
passeios: adora andar na rua! como os manos relaxa imenso com o ar da rua e não refila nunca quando o meto no sling ou no carrinho… ando imenso com ele na rua porque acredito que lhes faz optimamente bem andar na rua, ver gente, ouvir ruído de fundo… mal entramos em casa, acorda, chora e não se cala enquanto não comer! eu devia aprender a chegar a casa bem antes dele comer, mas eu também adoro andar no laréu! já foi jantar fora e quando mais rumor mais ele dorme profundamente!
trabalho: há dias muito bons, outros bons, outros péssimos para tentar trabalhar. o normal é trabalhar mais de noite quando o pai e os manos o namoram de tal maneira que nem percebem que eu cá estou!
mesmo assim, tenho que trabalhar todos os dias um bocado porque fico senil se não o fizer. não consigo não trabalhar!