Já andava há uns tempos para mostrar este meu pequeno DIY, mas o tempo passa e eu sempre a meter outras coisas à frente… não sei se ainda há alguém ás voltas com o forrar dos livros de escola, mas aqui neste post não mostro só como forrar livros, mas como forrar de maneira a não colar nada no próprio livro!
Os livros do Primeiro Ano, este ano, foram oferecidos pelo Ministério da Educação (pelo estado se quiserem) e eu aplaudo esta oferta. Tudo bem, há coisas que terão que ser resolvidas nos próximos anos, caso isto se torne hábito e esperemos que sim, como por exemplo fazer os manuais de escola apenas manuais, ou seja, só teóricos e não terem exercícios, porque até agora todos os manuais tinham e este ano também têm, claramente exercícios para fazer no próprio livro, mas se os temos que devolver impecáveis no final do ano, então presumo que terão isso em conta no futuro. Até lá, resta-nos tratar os livros o melhor possível e assim sendo começamos pela capa.
Se usarmos papel autocolante, ao contrário do que algumas mães na escola dos meus filhos disseram, não será fácil tirar e no final do ano a escola não poderá aceitar o mesmo… mesmo que seja transparente, o livro tem que voltar como se fosse novo.
Esta técnica, super simples na verdade, aprendi quando fui viver para os Estados Unidos, tinha eu 9 anos e já na altura nenhum livro de escola, manual ou prático, era nosso, eram todos da escola e no final do ano ninguém ficava com nenhum, a menos que fosse já a última edição do mesmo. Para verem, o livro que eu consegui trazer, o único, esteve na minha escola mais de 5 anos, o que por si só é magnífico, sem necessidade de andarmos a reproduzir livros com exactamente a mesma matéria… apenas para dar dinheiro ás editoras e basicamente gastar papel.
Na altura, usávamos o papel kraft mais grosso, o dos sacos das compras dos supermercados americanos, TÍPICO, tinham a medida e a resistência perfeita. Eu usei papel kraft na mesma, mas este é de embrulho. A vantagem é que caso se rasgue, duvido, mas caso aconteça volta-se a forrar sem que aconteça nada ao livro em si. A medida para cada forra é basicamente a medida de dois livros em pé mais 10cm de cada lado e em altura, a altura de um livro mais 10cm em cima e em baixo, isto para permitir que tenham margem de trabalho. Podem fazer “bainhas” mais pequenas, mas ajuda a forrar e na resistência se for maior.
O mesmo processo que fariam para forrar um livro com autocolante, fazem-no aqui, apenas difere o modo como acabam os cantos, e neste caso basta que não se cortem e se dobrem sobre si mesmos, para que, ao aplicar fita-cola, suficiente para este tipo de forra sem ser preciso colas xpto, a mesma se sobreponha ao papel já dobrado. Super simples. Assim, de hoje para amanhã, basta rasgar e voilá o livro nem se percebe que foi forrado.
Para os meus filhos, como têm apenas três livros, em três cores diferentes e ainda não sabem ler tudo, em vez de escrever na capa que livro é, fiz-lhes ver que os livros tinham cores e que cada cor corresponde a uma displicina com exercícios diferentes, etc. Para os identificar, perguntei como queriam fazer e como lá por casa damos muita importância ás iniciais disseram logo que queriam as letras nos livros. Assim, bastou comprar cartolinas das cores dos livros e a mãe desenhou as letras, eles cortaram e colaram. Primeiro estranharam porque achavam que eu ia forrar com papeis com bonecos e super-heróis, mas eu expliquei que o melhor era serem diferentes dos dos outros meninos para ser fácil perceberem quais o deles, claro, agora acham giríssimo e perguntam se não podem forrar o caderno preto, mas esse tem mesmo que ficar preto para todos. Acho óptimo, porque percebo que eles gostem, mas odeio cadernos todos cheios de desenhos.
O que é certo é que os livros continuam impecáveis depois de 3 semanas de escola, e já tive pedidos para forrar mais, mal sabia eu que o que se aprende aos 9 pode ser útil aos 36!!